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Jaboatão inicia vacinação contra Covid-19 de pessoas a partir de 45 anos

 

Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco


 O município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), iniciou, nesta quarta-feira (16), a vacinação contra a Covid-19 para o público a partir de 45 anos.


O novo grupo já pode receber a primeira dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer nos nove pontos de imunização espalhadas pela cidade.


A dona de casa Maria Lúcia de Oliveira, 45, foi vacinada no ponto instalado no Centro Cultural Miguel Arraes, no bairro de Prazeres.


“A sensação é maravilhosa. Estava há tempos esperando por isso. Agora é só aguardar a segunda dose, daqui a três meses”, afirmou.


De acordo com a coordenadora do programa municipal de imunização de Jaboatão, Jeane Tavares, a previsão é vacinar 45 mil pessoas do novo grupo. "Abrimos o cadastro ontem. Para receber a vacina é preciso trazer um comprovanete de residência referente ao município de Jaboatão", orientou. 


“Com o aumento da demanda, ampliamos os pontos de vacinação aos sábados. Além dos nove drives, abriremos mais seis postos fixos em unidades de saúde”, aponta a coordenadora. Neste sábado (19), os novos pontos funcionarão das 8h às 16h, na Policlínica José Carneiro Lins, em Prazeres; nas Unidades de Saúde da Família (USFs) Jardim Jordão, Vietnã, Massaramduba do Campo e Odorico Melo; e no Complexo Administrativo, no bairro de Jardim Jordão.


Além dessa nova faixa etária, Jaboatão continua vacinando todos os grupos prioritários listados no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) do Ministério da Saúde. O cadastramento deve ser feito pelo site deolhonaconsulta.jaboatao.pe.gov.br ou pelo aplicativo De Olho na Consulta.


O atendimento ao público é feito das 8h30 às 17h, de segunda a sexta-feira, nos seguintes locais: Casa da Cultura, em Jaboatão Centro; Praça Murilo Braga, em Cavaleiro; escolas municipais Iraci Rodovalho, no Curado, e Benjamin Constant, no Socorro; Centro Cultural Miguel Arraes, em Prazeres; Faculdade Metropolitana, Shopping Guararapes, Sesc e UniFG, no bairro de Piedade.


Fonte:  Daniel Medeiros

Cientistas desenvolvem vacina que protege contra diferentes espécies de coronavírus e suas variantes

 

  

Foto: Simon Wohlfahrt/AFP


 A pandemia do coronavírus só chegará ao fim quando a maior parte da população estiver imunizada, dizem especialistas. Mas, até atingir as taxas de 60% a 70% estimadas como necessárias para gerar a chamada imunidade coletiva -diminuindo assim a chance do vírus infectar novas pessoas e se disseminar-, novas variantes vêm surgindo no Brasil e no mundo.

 

Com isso, as produtoras de vacinas, o único fármaco comprovadamente eficaz contra a Covid-19, buscam constantemente atualizar os seus imunizantes, garantindo assim a proteção mesmo se novas cepas do vírus surjam.

 

Diante disso, uma vacina universal eficaz contra todas as formas do vírus conhecidas e até mesmo, por que não, as ainda desconhecidas e que podem ser potencialmente perigosas, seria o sonho de todo laboratório que pesquisa os imunizantes.

 

Não mais. Cientistas da Universidade de Duke e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, nos Estados Unidos, desenvolveram uma vacina chamada "pancoronavírus", isto é, eficaz contra diferentes espécies dessa família viral e suas variantes.

 

O artigo descrevendo a nova plataforma foi capa da revista científica Nature, uma das mais prestigiadas, no último dia 10 de maio.

 

Para encontrar uma fórmula mágica da vacina capaz de reconhecer todas essas formas distintas do patógeno, os pesquisadores se debruçaram justamente sobre o mecanismo de entrada do vírus nas células: a proteína S do Spike, também chamada de espinho ou espícula.

 

Essa proteína funciona como uma chave para a fechadura no hospedeiro, uma região presente na superfície celular de muitas das células que compõem o nosso e organismo de outras espécies animais. Chamada de região de ligação do receptor (RBD, na sigla em inglês), o grupo mapeou as diferentes moléculas nessa área e encontrou uma em comum em todos os tipos de vírus.

 

Ao mesmo tempo que a RBD serve para o vírus se ligar às células e infectá-las, ela também é uma região importante de ligação com os anticorpos que tentam impedir sua entrada.

 

A vacina foi então formulada para induzir a resposta imune de anticorpos que se ligam contra essa região em todos os vírus, chamados de anticorpos neutralizantes cruzados. Ela é composta por fragmentos de proteína aglutinados em nanopartículas, que transportam as proteínas ao organismo.

 

Nas células, as nanopartículas liberam a proteína S no plasma, onde ela é traduzida pelo maquinário celular e reconhecida pelo sistema imune -tecnologia similar é utilizada pela empresa de biotecnologia norte-americana Novavax.

 

Quando o coronavírus verdadeiro infectar o organismo, o corpo estará preparado para uma resposta imune, facilitada ainda mais pela adição de um adjuvante à fórmula, que potencializa a produção de células de defesa.

 

Para investigar se a vacina realmente induzia à produção desses anticorpos, cinco macacos da espécie Cynomolgus fascicularis (encontrado no sudeste asiático, também conhecido como macaco-cinomolgo ou caranguejeiro) foram inoculados com a vacina universal, com uma substância placebo ou ainda com uma fórmula que imita as vacinas de mRNA já em uso contra a Covid-19.

 

Em todos os macacos imunizados com a vacina pancoronaviral, a resposta imune gerada por anticorpos IgG que se ligam à RBD foi elevada, maior do que em relação aos animais que receberam o mímico da vacina de mRNA. Nos indivíduos que receberam placebo, não houve produção de anticorpos.


Ainda, a taxa de anticorpos neutralizantes, tidos como um, mas não o único, dos correlatos de proteção contra o Sars-CoV-2, foi significativamente maior após a imunização com a vacina conjugada em comparação às vacinas de RNA mensageiro. Ela também foi muito superior quando comparada ao nível de anticorpos em indivíduos com infecção prévia para o coroanavírus.

 

Os mesmos anticorpos neutralizantes tiveram sucesso em bloquear a ação da variante britânica (B.1.1.7) e da P.1, embora essa taxa tenha sido menor no caso da variante sul-africana (B.1.351), conhecida por ter uma mutação que reduz a ação de anticorpos.

 

A vacina protegeu 100% dos macacos imunizados quando inoculados com as diferentes espécies do coronavírus contra a infecção, enquanto naqueles que receberam o placebo ou até mesmo com o imunizante de mRNA.

 

"Basicamente, o que fizemos foi fabricar várias pequenas cópias do coronavírus para induzir uma resposta imune elevada do corpo. O que vimos foi não apenas uma proteção contra a infecção, mas também a indução de uma resposta imune cruzada para as diferentes proteínas S dos coronavírus", explicou o pesquisador Barton Haynes do Instituto de Vacinas para Humanos da Universidade de Duke e autor principal do estudo.

 

Um estudo sobre evolução do Sars-CoV-2, feito por pesquisadores também da Universidade da Carolina do Norte, mas não envolvidos neste trabalho mostrou que eventos de passagem de coronavírus de outros animais para humanos ocorreram diversas vezes na história evolutiva da família.

 

Assim, a pesquisa da vacina "pancoronavírus" pode ajudar também a prevenir e rapidamente conter futuras pandemias do coronavírus, diz Haynes. "Já tivemos três pandemias de vírus relacionados ao Sars nos últimos 20 anos, então existe a necessidade em desenvolver vacinas eficazes que podem se ligar a esses patógenos antes da próxima pandemia."


Fonte: Folhapress

Pernambuco autoriza vacinação de pessoas a partir dos 50 anos contra a Covid-19

 

  

Foto: Gilberto Crispim/PMCSA


 O governo de Pernambuco autorizou, nesta segunda-feira (31), que os municípios comecem a vacinar pessoas a partir de 50 anos contra a Covid-19. Segundo o estado, entre essa faixa etária e os 59 anos é registrada a maioria dos casos graves da doença.


Apesar da autorização, a vacinação dos grupos prioritários depende dos cronogramas de cada município.


De acordo com o governo, as cidades poderão vacinar pessoas a partir de 50 anos independentemente de comorbidade ou categoria profissional. A decisão foi tomada durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).


O governo afirmou que, devido à ampliação, será contemplada grande parte das pessoas com comorbidades, sem a necessidade de atestado.


Atualmente, o grupo entre 50 e 59 anos corresponde a 25% do total de internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). É também responsável por 20% dos mortos com Covid.


A nova etapa de vacinação foi anunciada quatro dias depois da liberação da imunização de pessoas a partir de 59 anos. Essa faixa etária está incluída em grupos prioritários desde quinta (27).


Covid-19 em Pernambuco

Pernambuco confirmou, nas últimas 24 horas, mais 1.087 casos da Covid-19 e 55 mortes causadas pela doença. Com isso, o estado agora soma 15.862 óbitos de pessoas com o novo coronavírus e 482.157 confirmações do diagnóstico, desde o início da pandemia, em março de 2020.


Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta segunda-feira (31). O boletim traz ainda a informação de que, entre as confirmações, 92 (8%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), e 995 (92%) são casos leves. Agora, o total de casos graves desde o início da pandemia sobe para 44.795, enquanto os leves chegam a 437.362.


Os óbitos confirmados nesta segunda-feira ocorreram entre os dias 25 de maio de 2020 e o domingo (30). Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.


Fonte: G1 PE

Professor cria robô capaz de ajudar no combate à Covid-19 no Sertão do Estado

 

  

Foto: Divulgação


 Com a taxa de contágio ainda em escala preocupante no Estado, um professor de física da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Alfredo de Carvalho, em Triunfo, no Sertão pernambucano, resolveu criar um robô para ajudar os alunos e funcionários da escola.


O professor Paulo César Simões desenvolveu o RAC-19, um robô capaz de higienizar as mãos de qualquer pessoa sem nenhum contato. 


Para funcionar, o indivíduo precisa se aproximar a uma distância de 25 centímetros do robô. De forma automática, ele lança um jato de álcool nas mãos. 


O RAC-19 foi colocado no refeitório da escola este mês para incentivar os alunos e funcionários a higienizar as mãos antes das refeições. A bateria do robô tem duração média de 2 mil disparos de jato de álcool. A escola conta com 435 alunos. 


A ideia do professor levou pouco mais de um mês para ser desenvolvida. "Tive a ideia no ano passado, mas, com as restrições, não consegui fazer. Após o retorno das aulas presenciais, desenvolvi tudo no laboratório de física da própria escola", conta.


Segundo Paulo César, sensor ultrassônico, sensor de presença, entre diversas outras peças, foram utilizadas para o desenvolvimento do RAC-19.


"Não foi fácil desenvolver. Após muitas tentativas, consegui chegar no modelo ideal, em que o robô pressiona sozinho o dispenser de álcool", revela. 


O professor de física vê semelhança entre sua invenção com as torneiras que alguns shoppings centers possuem. "A quantidade que sai é suficiente para higienizar as mãos. Além disso, ainda há uma economia de álcool. Basta o estudante ficar à frente do robô e, em apenas um segundo, o jato é disparado em suas mãos", acrescenta. 


Como as peças utilizadas foram do próprio laboratório da escola, Paulo César conta que ainda não há como estimar o custo para o desenvolvimento de um novo robô, que conta com peças de robótica Lego Mindstorms.


Além da proteção contra o vírus, Simões quer utilizar o RAC-19 para contribuir com os conhecimentos de física e também nas aulas de física experimental dos alunos. 


A ideia já está patenteada e o professor se mostra empolgado em dar prosseguimento ao desenvolvimento e expansão do RAC-19. “Meu objetivo é expandir para outras escolas. Estamos em um momento muito crítico de contágio, com variantes. Dessa forma, conseguimos proteger os estudantes e funcionários, minimizando o contágio”, conclui.


Fonte: Rodrigo Barros

Pacientes com Covid-19 são transferidos após falta de oxigênio em hospital de Lajedo

 

  

Foto: WhatsApp TV Asa Branca/Reprodução

Pacientes com Covid-19 precisaram ser transferidos na noite da quinta-feira (27) após faltar oxigênio no hospital de Lajedo, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a assessoria de imprensa do município, havia 23 pacientes internados. Destes, 14 foram transferidos para unidades de saúde de cidades vizinhas, como Caruaru, São Bento do Una, Belo Jardim, Agrestina e Cachoeirinha, também no Agreste.


"Tivemos quase um colapso. Ficamos praticamente sem oxigênio , mas os colegas da regional conseguiram ofertar cilindros para evitar o colapso", informou a assessoria por telefone.


Ainda segundo a assessoria, o município recebeu mais de oito cilindros de oxigênio. O material chegou após a remoção dos pacientes. Ao G1, a assessoria disse, na manhã desta sexta (28), que a situação está controlada no município e que agora aguarda a chegada de mais oxigênio.


Os pacientes com Covid-19 em Lajedo estão sendo atendidos no Hospital Público Municipal Maria da Penha Dourado e o Hospital de Campanha - as unidades estão com 70% dos leitos ocupados.


De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Lajedo registrou 1.652 casos leves de Covid-19, 99 casos graves e 54 mortes.


Transferências

Os pacientes de Lajedo foram transferidos para as seguintes unidades:


UPA e Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru

Hospital Público de São Bento do Una

Hospital de Agrestina

Hospital de Cachoeirinha

Hospital de Belo Jardim

Fornecimento de oxigênio

Fornecedor de Lajedo: 6 cilindros

Quantidade de cilindros de fora: 3 de Jucati, 2 de Paranatama, 2 de Altinho e 3 de Garanhuns


Fonte: G1 Caruaru

Saúde distribuiu 265 mil comprimidos de medicamentos sem eficácia para tratar Covid em indígenas

 

Foto: Secom/Governo do Amazonas


Ministério da Saúde distribuiu pelo menos 265 mil comprimidos de cloroquina, azitromicina e ivermectina a indígenas em cinco estados, com o propósito de tratar infecções pelo novo coronavírus. Os três medicamentos não têm eficácia para Covid-19.


Parte dessas drogas foi comprada diretamente por DSEIs (Distritos Sanitários Especiais Indígenas), vinculados ao ministério e com atuação de saúde na ponta, junto às comunidades.


Um informe técnico da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), de junho de 2020, orientou os DSEIs a "instruir seus respectivos processos de aquisição" de cloroquina e hidroxicloroquina, caso municípios e estados se negassem a fornecer o medicamento.


O envio maciço de medicamentos sem eficácia a indígenas entrou no foco da CPI da Covid no Senado. A estratégia da atual gestão do Ministério da Saúde e do general da ativa Eduardo Pazuello, que impulsionou a prática ao longo de sua administração na pasta, é sustentar que os comprimidos se destinaram aos tratamentos previstos na bula.


A cloroquina, por exemplo, é usada no tratamento de malária. A doença atinge cerca de 194 mil brasileiros por ano, dos quais 193 mil (99,5%) na região amazônica.


A azitromicina é um antibiótico usado principalmente no tratamento de doenças respiratórias. E a ivermectina se destina a infecções por parasitas.


Documentos e registros do próprio ministério contrariam a versão de que as compras e distribuição dos medicamentos se destinaram a essas doenças, e não para Covid-19.


Notas de empenho referentes a compras de azitromicina pelos DSEIs Alto Purus, no Acre, e Cuiabá registram que a aquisição do medicamento se destinou ao "enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Covid-19" ou a "medidas de controle de infecção humana pelo novo coronavírus (Covid-19)". O empenho é a autorização para o gasto.


Para o tratamento de indígenas no Acre foram adquiridos 20 mil comprimidos de azitromicina com dosagem de 500 mg. É a mesma especificação recomendada em nota técnica do Ministério da Saúde, atualizada em maio, que embasa o combo de medicamentos sem eficácia para Covid-19: cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e Tamiflu, este último recomendado para gripe.


Cada comprimido saiu por R$ 1,82. O valor total foi de R$ 36,4 mil.


A azitromicina adquirida pelo DSEI Cuiabá também tinha dosagem de 500 mg. O valor unitário foi de R$ 1,25. Os 20 mil comprimidos custaram R$ 25 mil.


Também houve compras de antibióticos por DSEIs em Mato Grosso, para os indígenas do Xingu e para os xavantes, e em Rondônia, para etnias como suruí, cinta larga e terena.


As compras são informadas num portal alimentado pelo Ministério da Saúde, chamado Localiza SUS, criado para divulgar os gastos e ações de combate à pandemia.


O mesmo Localiza SUS faz um detalhamento do envio de 100,5 mil comprimidos de cloroquina, todos eles destinados a indígenas em Roraima. O objetivo foi o tratamento de Covid-19, segundo o portal.


Do total distribuído, 39,5 mil se destinaram aos yanomami em Roraima. O restante foi usado em comunidades da terra indígena Raposa Serra do Sol.


Há ainda distribuições feitas pela Aeronáutica e cujos destinos a Força Aérea Brasileira mantém ocultos, como a Folha mostrou em reportagem publicada no último dia 6.


Um desses transportes foi para a região chamada Cabeça do Cachorro, no Amazonas, na fronteira com a Colômbia e a Venezuela. Pelo menos 1,5 mil comprimidos de cloroquina foram transportados para o local, onde estão 23 etnias.


Também houve uma compra direta de cloroquina pelo DSEI de Vilhena (RO). Segundo os registros do Localiza SUS, a aquisição está associada a ações contra a Covid-19.


É a mesma situação de aquisições de 24 mil comprimidos de ivermectina pelos DSEIs Alto Rio Negro, que atende a Cabeça do Cachorro, e Xingu, em Mato Grosso.


O Ministério da Saúde distribuiu ainda 370,2 mil cápsulas de Tamiflu a indígenas em 16 estados. A pasta registra que o medicamento se destinou ao combate à influenza, mas o Tamiflu integra o kit do chamado "tratamento precoce" de Covid-19, previsto em protocolo ainda em vigência.


A Folha questionou o ministério sobre cada compra e distribuição a indígenas de medicamentos sem eficácia para Covid-19. "O antimalárico é adquirido e enviado regularmente a 25 DSEIs que estão em área endêmica", disse, em nota, em relação à cloroquina.


"Azitromicina e ivermectina são medicamentos que constam na Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e utilizados em diversos tratamentos de atenção primária do SUS. A aquisição de medicamentos da Rename é feita a partir das demandas de atendimento dos DSEIs", afirmou.


Segundo o ministério, serviços básicos de saúde não foram suspensos durante o pico da pandemia. "Somente em 2020, foram realizados mais de 12,1 milhões de atendimentos nas aldeias, e contratados mais 700 profissionais para reforçar a assistência em saúde."


Na CPI da Covid, no segundo dia de depoimento, Pazuello negou que sua gestão tivesse distribuído medicamentos do "tratamento precoce" aos DSEIs. A negativa ocorreu na quinta-feira (20), em resposta a questionamentos do senador Fabiano Contarato (Rede-ES).


O general da ativa contou outras mentiras em seus depoimentos na CPI, em relação a vacinas e à crise do oxigênio em Manaus em janeiro, o que despertou a reação de senadores não alinhados ao governo de Jair Bolsonaro.


Fonte:  Folhapress