Reuters
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Pela primeira vez, biólogos mediram a velocidade com a qual víbora ou cascavel levanta a cabeça e morde a vítima. A serpente acelera até 100 quilômetros por hora em apenas 79 milissegundos.
Eis o que revela a revista Scientific Reports. Segundo o pesquisador Timothy Higham da Universidade da Califórnia Riverside, "na natureza, todos os confrontos entre predadores e vítimas são exclusivos se comparados com os de laboratório".
"As tecnologias modernas nos permitiram compreender o que exatamente é uma caça ou a fuga de um predador bem-sucedida, também, aproximar-se em desvendar fatores evolutivos relacionados a predadores e suas vítimas", acrescenta.
Higham e sua equipe decidiram examinar detalhadamente esse processo no deserto de Mohave, sudoeste dos EUA, habitado por grande quantidade de cascavéis.
Ao colocar imagens-armadilhas, os pesquisadores as conectaram a um computador e acompanharam a caça de serpentes. Nas filmagens foram utilizadas câmeras de alta precisão infravermelha capazes de receber 500 imagens por segundo em 3D.4
O teste revelou que serpentes não acertam suas vítimas (roedores-saltadores, Dipodomys merriami) com frequência, especialmente quando a vítima sente a presença do predador.
Outra conclusão feita pelos cientistas é que serpentes se movimentam rapidíssimo. Uma serpente abocanha um roedor 60 a 70 milissegundos após ele aparecer no raio do alcance. Durante a manobra, a cabeça da serpente alcança de 12 a 16 cm a 3,5 m/s de velocidade e a uma aceleração de 170 a 506 m/s.
De acordo com os experimentos, apenas metade dos ataques das serpentes foram bem-sucedidos. Higham explica que a "corrida de armamentos" do mundo animal obrigou aos saltadores aprenderem a guardar energia potencial para liberá-la em situações críticas.
Em breve, os autores do artigo pretendem realizar testes semelhantes com outras víboras e roedores. A questão seria: a cascavel realiza o ataque com velocidade de movimento e aceleração em tempo recorde? Com informações da Sputnik Brasil.
FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO
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