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Em mais um capítulo da crise do PSL, o partido decidiu nesta quinta-feira, 12, expulsar a deputada Bia Kicis (PSL-DF). Em uma notificação assinada pelo presidente do partido Luciano Bivar (PE), a qual a reportagem teve acesso, a sigla alega "grave infração ética" e "infidelidade partidária" como motivos para a punição. Procurada, a deputada disse ainda não ter sido notificada sobre o assunto.
"É notório que a deputada em questão vem realizando campanha em favor do partido em formação denominado 'Aliança' e para tanto desacreditando a agremiação à qual pertence atualmente e contraindicando a permanência de filiados e novas filiações a esta agremiação", diz ainda Bivar no documento.
Kicis é ligada ao presidente Jair Bolsonaro e faz parte da ala do partido denominada "bolsonarista". Na terça-feira, 10, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia acatado a suspensão de 14 parlamentares do PSL - todos do grupo "bolsonarista". Essa punição permitiu que os oponentes, ligados ao dirigente da sigla, Luciano Bivar, ficassem com a maioria na Câmara para elegerem a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) como líder, derrubando do posto Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No entanto, essas suspensões foram revogadas hoje por Maia, a partir de uma decisão judicial.
Ontem, ao conceder sua primeira entrevista como líder, Joice mandou um recado para Kicis. "A deputada Bia Kicis tem de decidir se fica ou não no partido porque ela é a única que tem prerrogativa de sair do PSL. Pode sair imediatamente sem perder o mandato porque ela foi eleita pelo PRP, legenda que não existe mais", afirmou Joice ontem ao responder sobre a presidência da Comissão, Constituição e Justiça (CCJ), da qual Bia é a vice-presidente e Felipe Francischini (PSL-PR) é o presidente.
Ainda ontem, Kicis disse ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que considerava a possibilidade de deixar o PSL e tinha convites de outros partidos.
Fonte: Estadão Conteúdo
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