Mulher francesa há 3 anos tenta provar às autoridades que está viva

 

  

JEAN-PHILIPPE KSIAZEK/AFP via Getty Images


 Jeanne Pouchain foi dada como morta por um tribunal em 2017, e está desde então tentando concluir o processo para ser... ressuscitada.


A mulher de 58 anos de idade, natural de Saint-Joseph, em Lyon, está morta aos olhos da administração francesa desde novembro de 2017, por causa de uma disputa legal com mais de dez anos envolvendo uma ex-funcionária da sua empresa de limpezas.


"Falei com um advogado que me disse que isto seria rapidamente resolvido, depois de ter ido ao meu médico, que certificou que eu estava bem viva. Mas porque tinha havido uma disputa [legal], isto não foi suficiente", indicou a francesa, citada pelo Guardian.


O causídico, Sylvain Cormier, mostra a mesma indignação. "É uma história louca. Não podia acreditar. Nunca pensei que um juiz declarasse alguém morto sem uma certidão. Mas a queixosa afirmava que ela estava morta, sem apresentar provas e toda a gente acreditou nela. Ninguém foi confirmar", indicou.


"Não tenho documentos de identificação, seguro de saúde, não consigo provar aos bancos que estou viva... não sou nada", lamentou Pouchain.


O caso da disputa legal remonta a 2004, quando o tribunal ordenou Jeanne Pouchain a pagar 14 mil euros a uma ex-funcionária depois desta ter sido despedida. Como o caso era contra a empresa de limpezas e não contra Pouchain pessoalmente, o valor nunca foi pago. Em 2009, a ex-funcionária voltou a levar o caso a tribunal mas sem sucesso.


Em 2016, acreditando que Pouchain estaria morta, um tribunal ordenou que a família pagasse o valor. No ano seguinte, a ex-funcionária entregou ao tribunal as cartas que enviou à ex-patroa e que nunca receberam resposta, sendo Pouchain declarada morta.


Pouchain alega que a ex-funcionária inventou a sua morte para tentar conseguir o dinheiro junto da sua família. Já a queixosa alega que Pouchain é a única culpada da sua situação, tendo se fingido de morta para não pagar a indenização devida.


Fonte: Notícias ao Minuto

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