Foto: Arquivo pessoal |
Cinco policiais militares investigados no caso Jonas Seixas foram presos nesta quarta-feira (10) por homicídio e ocultação do cadáver. O servente de pedreiro tinha 32 anos quando desapareceu após uma abordagem policial no dia 9 de outubro de 2020, no Jacintinho, em Maceió. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.
Desde o desaparecimento, os policiais investigados sustentam a versão de que levaram Jonas para uma averiguação, mas o liberaram com vida no bairro de Jacarecica. O corpo da vítima nunca foi encontrado.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital, após parecer favorável do Ministério Público do Estado (MP-AL), depois de uma representação formulada pela comissão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.
De acordo com a comissão de delegados, as prisões têm base em provas robustas que constam no inquérito, que permanece em segredo de Justiça.
Paralelamente à investigação da Polícia Civil, a corregedoria da Polícia Militar conduz uma investigação administrativa sobre a conduta de 8 PMs que participaram da ação.
A Polícia Civil não informou o motivo de ter pedido a prisão de apenas cinco policiais. Mais detalhes da investigação só serão divulgados após a conclusão do inquérito policial. A identidade dos policiais envolvidos no caso não foi divulgada.
Versões divergentes de parentes da vítima e dos policiais
A versão dos militares é de que três viaturas com oito policiais foram à casa de Jonas para realizar a abordagem, mas o motivo da ação policial não foi informado. Na ocasião, Jonas foi levado em uma viatura.
Eles disseram aos investigadores da Polícia Militar que liberaram o servente de pedreiro com vida no bairro de Jacarecica.
Contudo, a mãe de Jonas, Claudineide Seixas, contou ao G1 que três policiais vasculharam a casa do filho informando que estavam cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão mas, segundo ela, o documento não foi mostrado. Jonas não estava em casa e ela disse que nada foi encontrado dentro da residência.
Ainda segundo a família, quando os policiais já estavam indo embora encontraram o servente de pedreiro chegando em casa. Foi quando houve a abordagem e Jonas foi colocado dentro da viatura. A mãe disse que ele questionou aos policiais o motivo da prisão, porém não houve diálogo.
Fonte: Cau Rodrigues, G1 AL
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