8 de março: a força da autonomia feminina no cenário econômico

 

Foto: Divulgação


 Neste sábado (8), o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher. Reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data destaca as conquistas femininas ao longo da história e fortalece a luta pela igualdade de gênero, reivindicando a presença das mulheres nos principais cenários: sociais, políticos e econômicos. Nesse contexto, a Coluna Movimento Econômico, da jornalista Patrícia Raposo, na Rádio Folha FM 96,7, destacou o protagonismo feminino em setores relevantes para a economia nacional.


Oficializado em 1975 pela ONU, o 8 de Março ganhou seu primeiro tema em 1996: “Celebrando o Passado, Planejando o Futuro”. A frase escolhida para introduzir a comemoração tem forte relação com a necessidade de lembrar os avanços até aqui junto à continuidade da luta por igualdade de gênero.


Entre os progressos, está o poder da influência que as mulheres têm sobre diversos setores socioeconômicos, a exemplo do mercado imobiliário, segmento que aquece a geração de empregos e a arrecadação de impostos no País.


“Uma análise da Brain Inteligência Estratégica revela que, durante o processo de compra de imóveis, as mulheres experimentam emoções positivas, como excitação e felicidade, de 10% a 20% mais do que os homens. Além disso, o aumento do empoderamento feminino e da independência financeira tem fortalecido a influência das mulheres na decisão sobre a moradia ideal”, explicou Patrícia Raposo.


Em um outro estudo, desta vez da Behup, foi revelado que 21% das mulheres entrevistadas tomaram a decisão de comprar o imóvel sem consultar seus parceiros, enquanto apenas 12,4% dos homens fizeram o mesmo. 


A pesquisa também mostrou que 15% das mulheres afirmaram ter tomado sozinhas a decisão de escolher o imóvel, sem qualquer influência do companheiro – mais que o dobro do percentual entre os homens, que foi de 6,8%. Em contrapartida, 49,6% das mulheres consideraram a opinião do parceiro importante na escolha, enquanto entre os homens esse índice foi maior, chegando a 62,1%.


Pernambuco


Já no Estado de Pernambuco, também cresce o número de investidoras no setor imobiliário. Para o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Rafael Simões, o mercado tem se adaptado a essa realidade, ajustando produtos e comunicação para atender a esse público que, mais do que nunca, é protagonista.


“No contexto familiar, grande parte dos contratos já são feitos no nome delas. Muitas mães solos lideram a compra pensando na segurança dos filhos, e mesmo em casais, são elas que costumam dar a palavra final, priorizando conforto e localização”, declara Simões. 


Mercado de Vinhos


As mulheres também têm marcado presença na movimentação do mercado de vinhos no Brasil. “Ao menos no Brasil ele (mercado de vinhos) está se transformando pelo crescente protagonismo feminino. Eu não duvido que no resto do mundo também isso esteja acontecendo”, acrescentou a colunista. 


De acordo com o relatório IWSR Brasil Widening Landscape 2025, em 2024 as mulheres representaram 53% do mercado consumidor de vinho no Brasil, o que representa um aumento de 6% em relação a 2019. Esse crescimento não apenas reflete o aumento no consumo total, mas também uma mudança nas faixas etárias das consumidoras.


“A maioria das mulheres que consomem vinho ainda tem entre 25 e 44 anos, mas o destaque fica por conta da participação feminina na faixa etária entre 55 e 64 anos que passou de 14% em 2019 para 19% em 2024. Isso marca uma transformação no perfil das consumidoras brasileiras. Que deixaram de ser vistas como consumidoras ocasionais para se tornarem protagonistas no mercado de vinhos”.


Fonte: Julia Rocha

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